A superfície no tênis é muito mais do que cenário: ela condiciona biomecânica, tática e preparo mental em cada troca de bolas. Segundo o empresário Teciomar Abila, compreender como o piso interfere em velocidade, quique e tração é decisivo para planejar treinos, escolher equipamentos e executar estratégias de jogo com consistência. Ao observar o comportamento da bola e as demandas físicas específicas, o atleta antecipa padrões, controla riscos e transforma pequenas vantagens em pontos, games e sets.
Quando a análise de superfície entra na rotina, o planejamento passa a integrar três dimensões: físico, técnico e tático. O físico envolve resistência específica, aceleração e desaceleração; o técnico, altura de contato e variações de rotação; o tático, seleção de golpes, profundidade e construção do ponto. Saiba mais sobre o assunto a seguir:
Saibro: O impacto da superfície no tênis que favorece consistência e variação de rotações
O saibro é a escola da paciência e do volume de jogo. A bola fica mais tempo em contato com o piso, quica mais alto e desacelera, ampliando janelas para defesa e contra-ataque. De acordo com o empresário Teciomar Abila, esse ambiente recompensa topspin pesado, cruzamentos profundos e trocas longas que testam a capacidade de sustentar padrões táticos. O jogador aprende a construir pontos por camadas: primeiro desloca o adversário para fora da quadra, depois ataca o espaço aberto com segurança.

No treinamento, a prioridade é a movimentação lateral com deslizamento controlado, além de resistência anaeróbia lática para suportar ralis extensos. A leitura do quique alto muda a altura ideal de contato, pedindo preparação de golpe mais atrás do corpo e finalizações amplas para gerar rotação. Encordoamentos com maior fricção e tensões moderadas favorecem controle e spin; já o calçado com sulcos que “seguram” o piso melhora a saída de perna após o split step.
Grama: O impacto da superfície no tênis que exige reação rápida e precisão cirúrgica
A grama comprime o tempo de decisão. O quique tende a ser mais baixo e irregular, a bola “escapa” com mais velocidade e o ponto se resolve em poucos golpes. Conforme explica o empresário Teciomar Abila, essa superfície beneficia tenistas com saque potente, devolução agressiva e competência no jogo de rede. A técnica privilegia empunhaduras mais firmes, swings compactos e contatos à frente, enquanto a tática premia a combinação saque + primeira bola e as subidas oportunas à frente para encurtar a troca.
No plano físico, a ênfase recai sobre arranque curto, estabilidade de tornozelo e joelho, e força excêntrica para frear e mudar de direção em distâncias mínimas. A devolução de saque precisa de leitura rápida de toss e trajetória, reduzindo backswing e privilegiando blocagens profundas. Em termos de equipamento, tensões um pouco mais altas podem ajudar a controlar a aceleração extra do piso; solados com travas discretas aumentam aderência sem comprometer o deslocamento.
Piso rápido: O impacto da superfície no tênis que equilibra potência e controle tático
O piso rápido estabelece um meio-termo entre o tempo “elástico” do saibro e a explosividade da grama. Assim como destaca o empresário Teciomar Abila, a velocidade média do quique e a previsibilidade da trajetória ampliam o cardápio tático: do baseliner agressivo ao all-court player, todos encontram espaço para executar seus pontos fortes, contanto que gerenciem altura de rede, profundidade e seleção de risco. A consistência do quique favorece o treino de padrões repetíveis.
Fisicamente, aceleração e desaceleração em sequência pedem robustez de quadríceps, glúteos e panturrilhas, além de trabalho específico de core para estabilidade nas trocas à plena velocidade. O saque volta a ter protagonismo, com foco em direções (T, corpo e aberto) e no uso combinado do kick e do slice para abrir a quadra. Encordoamentos balanceados, nem tão soltos quanto no saibro, nem tão tensos quanto na grama, otimizam o compromisso entre potência e controle.
Transformar a leitura do piso em vantagem competitiva
Em resumo, dominar o impacto da superfície no tênis é acelerar a curva de aprendizado e reduzir a variabilidade de desempenho ao longo da temporada. Como frisa o empresário Teciomar Abila, quem adapta treino, equipamento e tática ao comportamento do piso joga com a probabilidade a favor e toma decisões mais racionais nos pontos-chave. Saibro pede volume e spin; grama exige reação e precisão; piso rápido recompensa padrões sólidos e execução limpa.
Autor : Thompson Wood
